Terça-feira... dia pacato, pouco movimento e sobretudo pouco rendimento. Nos velhos tempos, o mês de Dezembro era excelente, as pessoas recebiam a dobrar e gastavam também no dentista. Agora consomem carros, viagens, bens supérfluos sem atender a algumas coisas que deviam ser prioridade. Mas nada posso fazer contra factos, bem como nada posso fazer para mudar mentalidades, hábitos ou costumes.
Muitas pessoas não conseguem sair da sua zona de conforto, de tentarem ir mais além do habitual para ultrapassar os seus limites e contribuir para que algo mude. Mas nunca tive capacidades de líder, nem tão pouco tive qualquer tipo de formação para o ser; aliás com o meu comportamento primário em muitas coisas, dificilmente o conseguirei ser visto que sou um pouco errático nas atitudes, nos factos e até por vezes nem eu próprio,me compreendo.
Neste novo ano que se avizinha, vou ter de alterar algumas coisas a nível profissional, tentar rentabilizar mais e melhor os dias de consultório, atrair mais doentes, ter mais consultas, bem como conseguir atingir os meus objectivos. Preciso de me aguentar mais uns dois ou três anos até conseguir reformar-me, bem como orientar todas as contas e assuntos pendentes.
Carnaxide parece uma cidade sem pessoas, sem movimento porque, na verdade, nesta época em que deveria haver mais agitação, mais alegria nas ruas e nas pessoas, parece tudo meio adormecido, meio estagnado o que me faz uma rota confusão.
Estamos a cinco/seis dias das festividades e neste ano não sinto qualquer apelo significativo por esta época que, normalmente, me entusiasmava e me fazia feliz. Apesar de ter encontrado uma grande estabilidade afectiva, houve rupturas que me provocam sofrimento e que, infelizmente, não consigo controlar ou limitar.
Tenho cometido muitos erros ao longo da vida, como toda a gente; uns mais graves outros menos e "normais" mas muitos deles devidos à minha personalidade e identidade problemática e confusa.
Sei ter vários problemas internos Ainda não resolvidos ou estabilizador, que, muitas vezes, vêm à superfície pela minha insegurança e falta de confiança existente. Devo acreditar no que tenho, no que sou e Ainda nas minhas capacidades como pessoa, como profissional e como ser afectivo.
Todos somos uma amálgama de emoções, sentimentos, caminhos cruzados, conflitos interiores, angústias, medos, alegrias, decisões certas e erradas, sentindo amor, afectos, ódios, e tudo o mais que nos caracteriza a todos. Desde que deixei de fazer análise que me tenho sentido mais angustiado, menos focado e talvez mais disperso. Mas também estou a conseguir analisar-me, a buscar as minhas memorias de vida, do passado e assim estar mais em paz comigo.
Um grande SORRISO nesta semana pré-natalícia com a certeza da minha FELICIDADE.
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