quinta-feira, fevereiro 27, 2014

Quase De Partida

Quase a ter uns dias de férias.... preciso sobretudo de espairecer, mudar de ares e de estar uns dias sem pensar em mais nada a não ser gozar o ar livre, a neve, a companhia e fazer uma das coisas que mais gosto. Adoro o ambiente, amo de paixão fazer ski pela liberdade, pela emoção e pela completa abstracção que sinto.
Este ano estes dias têm ainda o bónus de ir pela primeira vez com o meu filho mais novo, porque o mais velho não pode faltar, apesar da vontade dele, podendo assim usufruir da companhia dele a tempo inteiro e termos os nossos momentos de pai e filho. Acho que vai ser bom para ambos.
A outra diferença é que vamos estar em família e amigos, visto que somos um grande grupo e isso também é bastante divertido; sempre estive habituado a grupos e a muitas pessoas a fazerem ski e a divertirem-se.
Faz-me lembrar outros tempos, outras aventuras e muitos e bons momentos passados em Sierra Nevada, para onde íamos desde 1973. Chegámos a lá ter um apartamento e passávamos quinzenas no Natal e fim do ano, bem como na Pascoa.
Tenho imensa pena de terem vendido o dito apartamento sem, mais uma vez, nos terem dito nada, porque quem sabe se entre todos não teria sido possível ficar com ele.
Tenho memórias muito boas desses tempos em que era bastante mais inconsciente da vida e dos factos, desfrutando completamente desses dias, da prática do ski e da companhia da altura.`
Íamos em condições, havia disponibilidade imensas e na altura, lembro-me de ter uma variedade enorme de roupa de ski, de termos uma professora particular para nos acompanhar todo o dia durante a temporada, fazendo passeios incríveis. Que será feito da Tere, do Pepe e do filhote deles ?
Ela era incrível, doce, amiga e extremamente atenciosa, tendo percorrido connosco toda a serra e arredores, porque andávamos por todo o lado e mais algum. Foram dias excelentes, com recordações incríveis. O meu Pai pouco ski fazia, mas adorava estar sentado na esplanada a beber o seu "vino caliente" e a ver as vistas.
Fazia sempre questão de convidar uma das muitas sobrinhas ou filhas de amigos para me fazer companhia e "emparelhar", pelo medo que tinha de que eu ficasse solteiro ou abandonado, mas nunca gostei muito desses esquemas e a verdade é que nunca resultaram.
Mas hoje é mais um dia de trabalho.... estamos neste momento também em transição e sinceramente ainda não sei muito bem como vai ser e se aguentaremos as actuais condições, visto que tem que haver um maior empenho e vontade de todos e principalmente uma adaptação às condições existentes.
Por motivos vários este mês está mais fraco, mas sempre foi dos meses mais fracos do ano, esperando que os próximos meses compensem e que se vá fazendo cada vez mais e melhor. Tenho felizmente a agenda bem cheia em Março, mesmo descontando a semana em que estarei fora.
Uma das grandes diferenças que noto no presente é esta maior descontracção e despreocupação em relação aos dias futuros e ao que poderá acontecer, na medida em que, se estivermos cada vez melhores connosco mesmos, então tudo à nossa volta será também bastante melhor. Assim o espero e desejo.
Para acabar por hoje, com um grande SORRISO, comecei também a ler um livro acerca do terramoto de 1755, bastante romanceado mas que se lê bastante bem e num ápice. Deve ter sido terrível, tanto mais com o desconhecimento absoluto acerca dos factos reais e verdadeiros e pela falta de meios existentes. Estou a gostar bastante e complementariza muito bem os outros que também me acompanham neste momento, nomeadamente um acerca de casos de psicanálise chamado " Uma Hora de Cinquenta Minutos". Surgiu a propósito da rapidez com que as sessões se passam, como se aqueles cinquenta minutos fossem apenas uns segundos. Quando dou por mim, já é hora de sair e de partir..
Um grande SORRISO neste dia cinzento, meio tristonho e com muita vontade que passe rápido e célere, para estarmos rapidamente a caminho do nosso destino de férias. Gostava que durante a minha ausência tudo se resolvesse como que por artes mágicas e conseguíssemos manter o que temos. Um SORRISO empenhado.
 
 

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