sexta-feira, fevereiro 14, 2014

Objectos

Finalmente sexta-feira, ultimo dia da semana, dia 14 de Fevereiro e dia dos namorados. Sendo uma data "comercial", não deixa de ter a sua importância relativa por ser uma oportunidade de reforçar laços, pensar (ainda) mais na pessoa amada e talvez fazer um balanço da relação e do estado da arte dessa mesma relação.
Nada tendo a ver com este dia e este assunto, há muito que nada comento acerca da vida social e política deste nosso (pobre) País, na medida em que efectivamente nada temos para dizer a não ser que continuamos exactamente na mesma, com os mesmos políticos e as suas asneiras e egocentrismos. 
A diferença, quanto a mim, parece estar nas pessoas que se estão mais confiantes e optimistas, tendo já ouvido muitas pessoas a dizer que a situação está a melhorar, que estamos a dar a volta e que tudo parece apontar efectivamente para uma mudança geral e para melhor. 
Assim esperemos que seja e que, este período eleitoral, não venha a estragar tudo de novo, visto que os nossos governantes e aspirantes ao mesmo vão sucessivamente comentando os mesmos erros, restando-nos a fatalidade de pagarmos a factura. Uma pena que se perca esta janela que parece estar mesmo a abrir-se e a futuramente poder dar muitos e bons resultados.
Quanto a mim, ontem tive mais uma daquelas sessões bastante esclarecedoras e produtivas, na qual remontei bastante ao meu passado e principalmente aos meus avós. Encontrei imensa emoção guardada, recordações vividas e positivas e ainda um certo  sentido para alguns comportamentos interiores e actual modo de estar.
Na fuga de realidades indesejáveis, pode-se sempre criar um ambiente imaginário e vivido por nós próprios, para nos ajudar a não sermos derrotados por uma realidade que não gostamos e que não sabemos vivenciar. Isto é, criamos uma fuga para a frente e assim não temos que interagir totalmente com o que não nos agrada.
Muitas vezes tem-se uma noção e uma ideia dos nossos parentes mais próximos, Pais, Avós, tios ou irmãos que corresponde muitas vezes mais ao que imaginamos e somos do que, efectivamente, ao que eles realmente são. É (quase) impossível conhecer na totalidade quem quer que seja e sei que no meu caso, tenho bastante dificuldade nesse aspecto visto que na maioria das vezes idealizo e construo uma pessoa que não corresponde na prática ao que eu penso. Também é verdade que muitas vezes sinto mais do que penso, o que não sendo completamente positivo, não deixa de ter os seus condicionalismos, uma vez que nos deixamos arrastar por sentimentos, emoções e sensações.
Cada vez mais, muita coisa começa a fazer sentido e a interligar-se, criando novos caminhos, novos rumos e sobretudo a tornar-se uma realidade sentida, vivida e transformada em algo que nos dá prazer e felicidade. Começo também a perceber e sobretudo a entranhar que uma das finalidades da vida é, não só, sermos felizes, como também proporcionarmos felicidade a quem amamos e estimamos.
Todos estes conceitos de que vou tomando consciência e conhecimento vão construindo os seus próprios caminhos neuronais e fazendo as suas transformações na minha identidade e EGO, fazendo com que consiga estar mais em paz comigo próprio e ainda com aqueles que me rodeiam. Claro que há excepções e pessoas com as quais ainda não consigo lidar duma nova forma visto que é quase impossível desconstruirmos a imagem que temos dessas mesmas pessoas e formularmos outro objecto.
Esta imagem de objectos internos e externos ainda me baralha um pouco, não só por não estar ainda totalmente entranhado, como também pela muita informação recebida ultimamente e que tenho que processar devidamente. Sei que o objecto interno, chamado Luís, está num grande processo de mudança, de transformação que se reflecte nas mais variadas áreas do quotidiano.
Um enorme SORRISO cheio de cor e de luz, sobretudo para os enamorados/as... que todos os dias sejam dias de Amor e de Felicidade.

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