Ontem foi um dia especialmente intenso, em que parecia levar o mundo aos ombros. A tensão a que estamos sujeitos, a enorme sensação de injustiça e de incompreensão, a frieza gélida dalgumas pessoas, bem como a total perda de controle de determinados assuntos importantes.
Felizmente que era dia de sessão e pela primeira vez deixei que a emoção surgisse, não fazendo qualquer esforço para a conter.... felizmente que o AA percebeu e foi uma sessão fantástica que acabou por me deixar renovado e bem mais tranquilo.
Na verdade tenho que saber recentrar-me e não permitir que factores externos me perturbem desta forma extrema, sabendo dosear o ponto de equilíbrio e sair deste registo do tudo ou nada.
Preciso perceber e vou entendendo que há muita coisa que não gira à minha volta, que as pessoas têm a sua própria identidade, bem como as suas opiniões, formas de ver as coisas e o seu estilo próprio. Isso não me impede de ter as minhas, nem tão pouco de poder dar as minhas sugestões e de querer ser tratado com respeito e consideração que penso merecer.
No mundo de hoje, as pessoas apenas têm valor quando produzem, rendem e aparentem um low profile, que não altere o status quo ou o que os hierarquicamente superiores possam pensar. Nunca consegui lidar duma forma inteligente com autoridade mal orientada e errada, nem tão pouco com as injustiças e abusos cometidos por essa mesma autoridade.
Quem quer liderar ou "mandar" tem que saber fazer, ser coerente e ainda, depois de tudo analisado, tirar as devidas conclusões. O contraditório, o ouvir, o ser aconselhado mas decidir faz toda a diferença entre ser um chefe banal e sem grandes capacidades e aquele que sabe liderar, motivar e entusiasmar quem dele depende. Eis a grande diferença,... ,!!
Mas o que realmente importa é, como sempre foi, termos o nosso próprio equilíbrio, procurarmos ser felizes em cada momento da nossa vida e não entrar em desequilíbrio ou desmotivações extremas. Dosear a nossa homeastase interna, dominar a nossa impetuosidade e fazer uso da nossa capacidade de pensar antes de agir e até de pensar antes de nós sentirmos atingidos ou magoados são caminhos a explorar e a percorrer para que façam parte intrínseca da nossa identidade e do nosso EU.
Há atitudes e factos que me ultrapassam e perturbam imenso, quando têm subjacente a ingratidão, o não reconhecimento e mesmo injustiças no trato.... nesses casos, vou buscar de imediato a acção, não conseguindo raciocinar nem pensar efectivamente, pelo que reajo mal e bruscamente, com imediata baixa da auto estima e da confiança.
É esse o grande trabalho a fazer e a realizar, quer como trabalho de casa, quer como tópico permanente nas sessões, na medida em que esta transformação, ainda muito incipiente, tem que ser desenvolvida e entranhada.
Tenho-me esquecido muito do Less is More, que tanto me tem ajudado a perceber a realidade e o dia a dia. Não pedir nunca mais do que é possível e tentar usufruir do que temos disponível neste preciso momento. Ter caminhos à nossa frente duma forma realista e prática na certeza de que poderemos fazer esse mesmo caminho para obter determinados resultados.
Assim como há pequenos gestos extremamente negativos, há outros que, pela sua simplicidade, nós deixam felizes e com um SORRISO bem luminoso e colorido, que é, na sua essência o que todos nós buscamos e queremos.
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