segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Percepções

Ultima semana do mês, ultima semana antes das ansiadas ferias... daqui a uma semana estarei já a fazer ski, na companhia das pessoas mais importantes para mim, faltando apenas o meu filho mais velho. Espero que, para o ano se possa concretizar esta viagem conjunta e com os meus dois filhos.
A verdade mesmo é que, apesar de ter vontade, não me sinto entusiasmado, talvez porque esteja numa fase de indecisão, de mudança e de muitas incógnitas que não sei ainda como se irão desenvolver ou processar.
Para mim, a indecisão do presente, a dependência de tantas variáveis que não controlo, bem como a inflexibilidade e rigidez de quem me rodeia são motivos para este aparente alheamento e em simultâneo esta introspecção enorme em que me encontro.
Será difícil para quem me rodeia perceber ou entender esta alteração existente, sem a conectar com tempos ou atitudes antigas, mas há toda uma diferença que consiste precisamente num grande processo interno de reajustamento e de adaptação a uma outra identidade. Com a qual nem eu próprio sei muito bem como lidar ou fazer. 
Sinto apenas que preciso de afecto, de muita compreensão e que seja evitada qualquer guerrilha ou tensão.... acho, penso e sinto que muitas vezes não se percebe realmente o que preciso ou necessito e faz-se a regressão para tempos passados.
Há que encarar novas formas de relacionamento, novas formas de intimidade que, neste momento,  passam mais por formas não físicas; é-me muito mais importante saber da total disponibilidade e conhecimento da realidade por parte de quem esta comigo, do que a outra parte que, importante, não é prioritária para mim agora é neste presente.
Devido a essa necessidade de envolvimento, valorizo imenso pequenos gestos e atitudes que me comovem e me deixam internamente preenchido. Um telefonema matinal do meu filho mais velho "apenas" para me dar um beijinho, um SMS do mais novo a agradecer algo que lhe fiz, uma palavra de compreensão da minha cunhada e assim sucessivamente porque preciso mesmo desses reconhecimentos.
Pela negativa, também me atingem quando falam depreciativamente de mim, sem me considerar ou valorizar, quando falam em períodos negros relacionados comigo e coisas deste género.
Felizmente que com a análise em curso e agora com um livro indicado pelo AA, que nunca da ponto sem nó, começo a conseguir pensar mais e melhor antes de agir e assim evitar problemas e confusões. Quem não deve não teme e quase, pela primeira vez na vida, possuir respirar esse ar de verdade que tenho e sinto neste momento. Nada tenho a esconder, nem a omitir e dai poder ser mais livre e mais seguro de mim próprio, da minha identidade e maneira de estar.
Retomando o pensamento inicial, a verdade é que ainda não lido bem com incertezas, com injustiças ou incompreensões, visto que me lembram repúdios, culpas e remorsos que sempre foram características da minha vida e uma grande transformação que tenho ainda que fazer.
Ainda me falta este grande percurso que consiste em agir sem esperar nada em troca, fazer sem pedir reconhecimento, pensar antes de agir e principalmente aumentar a minha estima pessoal, o meu EGO e o meu objecto interno. Entendo cada vez melhor a relação existente entre o que temos dentro de nós e o existente no nosso exterior, podendo contribuir mais positivamente e melhor para esse ambiente interno e externo se, efectivamente, pensarmos mais, interiorizarmos melhor e conhecer-nos na íntegra.
Com estes pensamentos e ideias, fica o meu SORRISO de principio de semana, ciente de que tudo na vida tem solução e duma forma ou doutra aparece sempre uma porta que se abre ou algo novo. Estejamos atentos ao que nos rodeia e sempre, mas sempre, com um SORRISO ( principalmente interno).

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