domingo, setembro 09, 2012

Domingo

Ontem fomos a Vila Boa do Mondego ( perto de Celorico da Beira, Guarda ), à quinta da Vinha da Porta, onde se celebraram os 65 anos de casamento dos meus tios Lourdes e Alfredo.
Fui com a Nany/Zeca de manhã, tendo chegado bastante a tempo ao almoço, que contava com mais de 200 pessoas, incluindo algumas "celebridades" politicas.
A quinta dos meus tios tem algumas recordações da minha infância, na medida em que íamos muitas vezes no Verão passar algum tempo á quinta e aí estar uns dias. A viagem demorava um dia e eram dias diferentes e tranquilos.
Ontem o almoço decorreu perto da piscina - que não existia nesses outros tempos - numa tenda preparada para o efeito e que felizmente nos protegeu da chuva, do calor e das alterações climatéricas que apanhámos.
Foi um almoço demorado e completissimo, com uma boa ementa, se bem que um pouco excessiva na quantidade, seguida dos habituais discursos familiares que, com a excepção das palavras do FJ, foram bem construídos e agradáveis. De facto, os meus tios promovem a unidade familiar directa e conseguiram ter uma excelente relação com os filhos e os netos. Pessoalmente e apesar de ser meu padrinho, nunca tive grande aproximação com o meu Tio, mas sempre tive um enorme carinho por esta minha Tia, que é a única que nos resta aqui em Portugal.
Houve também rancho folclórico, uma pequena peça feita pelos netos a comentar os avós e que estava muitíssimo bem apanhada e a festa continuava pela noite fora, mas nós viemos embora perto das 20...  infelizmente como em tudo, fiquei uma vez mais triste com atitudes e comportamentos, mas nem vale a pena comentar seja o que for. Quando as pessoas se acham donas da verdade e que não têm que se justificar, então nada há a fazer ou a comentar. Apenas a lamentar e a reflectir no que sempre fizemos e se foi merecedor.
Entretanto por cá, há a continuação da triste noticia da separação dos nossos melhores amigos; a relação que mantinham há cerca de 8 anos e com uma filha de 10 meses, foi unilateralmente cortada por uma das partes, com o natural desabamento da outra parte, que temos tentando acompanhar, aconselhar e sobretudo ajudar nesta fase tão difícil.
Foi bastante inesperado e surpreendente, mas já há algum tempo que o achava diferente e estranha a vida que fazia, mas nunca pensei que estivesse já neste ponto, apesar de também já ter comentado que ela deveria ter tido mais cuidado e não ter ficado tão absorvida pela filha. Mas com dialogo e entendimento tudo se pode resolver mais fácil e atempadamente.
Apanhámos uma tempestade  imensa na volta, com uma trovoada enorme e uma chuva intensa que quase não deixava ver a estrada... mas fizemos uma excelente viagem !
Hoje estamos por casa, a descansar, a fazer mais pagamentos, a pensar na vida e sobretudo a tentar mesmo descansar e preparar a próxima semana. Ando com uns pressentimentos estranhos e tenho que resolver e sobretudo adaptar-me à minha nova realidade e quotidiano, o que custa sempre um pouco, mas mesmo assim bem mais fácil do que no outro porque falamos a mesma linguagem, não tenho pressões e sobretudo não sou obrigado a pactuar com as ilegalidades existentes.
Mais uma frase lida no facebook que achei que devia reproduzir porque é interessante:
"Temos saudades de tudo porque um dia tivemos tudo. E ninguém está preparado para ficar com nada depois de ter tido tudo."
A verdade é que temos que saber dosear tudo na vida, o muito, o pouco e o que temos em determinada altura e sabermos ser felizes em todas essas ocasiões....  tenho, por vezes, receio de não estar devidamente preparado para este tempo de vacas magras que ainda o irão ser mais e mais importante do que isso, receio que um dos filhos não consiga mesmo atingir a sua felicidade se tiver que viver com menos do que aquilo com que sonha !
Há alturas da vida em que temos que aprender mesmo a viver com o que temos e sobretudo a aproveitar todos os bons momentos da vida e tudo aquilo que nos rodeia porque nunca sabemos quando somos apanhados nalguma "curva" da vida que nos obriga a ter outra direcção ou orientação. Também tenho dificuldade em lidar com determinadas variáveis, mas penso que nesta recta final da minha vida profissional é tudo uma questão de ir mantendo o que posso e fazer o possível para manter o existente.
Um enorme SORRISO neste domingo, com a vontade de ter muito mais energia positiva, muito mais força e sobretudo de compreender cada vez melhor o meu EU e conseguir alcançar aquele EU superior que nos rege a todos. Quero ser FELIZ e saber DAR o muito que tenho para poder também receber o muito que gostaria.

 

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