quarta-feira, julho 18, 2018

Reflexoes

HMeio da semana, mais uma neste mês de Julho que, de verão, apenas tem o registo do calendário. Dias cinzentos, com muito vento nas praias e águas gélidas, segundo me têm contado.
O treino psicanalitico que tive durante os mais de quatro anos em que fiz terapia, deu-me as ferramentas necessárias para ir percebendo muitas coisas acerca de mim próprio. 
Fiquei a reflectir acerca de algo que me fizeram ontem, da minha tendência/mania de controlar, de " encher o saco" por ninharias e, na verdade, sou assim mesmo. Gosto de controlar e de orientar tudo e todos, gosto de estar (quase) sempre a chamar a atenção e a querer moldar as pessoas ao que eu sou ou acho que devem ser.
Ora cada pessoa é uma pessoa, com a sua individualidade, a sua maneira de ser e forma de estar, sendo nesta diferenciação que reside a química e a aceitação entre as pessoas e apenas entranhando essas mesmas diferenças é que qualquer relacionamento resulta.
Ou seja, tenho a mania de querer controlar, de achar que tenho razão ou que os meus pontos de vista são os correctos, esquecendo muitas vezes que uma realidade pode ter, e tem, diferentes pontos de vista e nem por isso deixam de ser todos válidos. 
Ou seja, aceitar a diferença, entranhar que cada um de nós é como é será um passo fundamental para nos conhecermos, estarmos bem connosco e com as outras pessoas que nos rodeiam, principalmente aquela que vive connosco.
Ontem na TVI deu uma reportagem, seguida de entrevista, acerca de transformers, a sua vida, a sua identidade e razões. Apesar da abordagem não ter sido completa, porque se focou demasiadamente na questão sexual, valeu a pena ver.
Pode-se ser travesti por opção, ter uma profissão e um modo de vida, sem que isso signifique necessariamente ser homossexual ou transgénero.  Dizendo doutra forma, há transformers que o Sao por quererem mudar de sexo, porque são mulheres num corpo de homem e outros são porque gostam e porque fazem disso um modo de vida.
Na entrevista de que  só vi parte, houve, talvez, um exagero na caracterização dos entrevistados bem como não houve uma separação clara entre opções sexuais e "profissão". Concordo com um dos participantes quando disse que as paradas gays, os prides, etc são um folclore e uma encenação desnecessária porque ser LGBTI é muito mais do que isso. E dá uma imagem errada.
Quero ir de férias, ou pelo um dia para conseguir dormir e descansar mesmo, para relaxar, destressar e fazer o que bem nos apetecer, apesar de já ter tudo programado e tratado. 
Sou feliz, estou feliz e quero que esta FELICIDADE  seja visível ou transmitida pelo SORRISO que tenho e temos de modo a que todos sintam a forma como estamos e vivenciamos esta mesma FELICIDADE. ( sem fingimentos, exageros ou algo parecido, como poderão pensar algumas das pessoas que me conhecem há muito, ou julgam conhecer) 

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