sábado, fevereiro 28, 2009

Fim de semana

Mais um fim de semana e coincidentemente fim de mais um mês. mal começamos um ano e eis-nos já em pleno 2009, sem ter quase tempo de reflectirmos e pensarmos no que poderá ser este ano. Somos constantemente inundados com notícias negativas, crises, depressões, recessões e uma série de informações que por vezzes nos levam a pensar se haverá qualquer hipótese de futuro ou se o melhor é mesmo fecharmos as portas e não pensarmos em mais nada. Está a ser um ano estranho e sobretudo, penso que a evolução seguida em Portugal vai deixar sequelas graves e importantes para as gerações vindouras, na medida em que se está a empenhar cada vez mais o nosso futuro. Este endividamente colossal que vamos tendo, aliado a constantes reinvindicaçãos mirabolantes e uma progressiva baixa de produtividade e portanto de competitividade, vai certamente deixar marcas gravissimas para as gerações que se seguem. Por isso, espero e desejo mesmo que os meus filhos e sobrinhos sigam a sua vida no estrangeiro. Está tudo o mundo em crise e recessão, mas sei que muitos países irão sair desta situação mais fortes e competitivos, enquanto que nós, como País, estamos cada vez mais débeis, fracos e sem recursos. Durante quanto mais tempo continuarenmos a ser autistas e a não ver esta realidade que continuamos a querer ignorar.
Para grandes males, grande remédios e para mim é fundamental mexer nos vencimentos, com um abaixamento dos mesmo e consequente ganho de competitividade, mais e melhor aproveitamento da carga horário, ou seja trabalhar mais se necessário e sobretudo, criar uma mentalidade de vencedor. Não pensar que é ao estado que tudo compete e a nós apenas esperar que ele resolva ou decida. Nada disso resulta se não houver um forte e grande empenho na realização privada e no investimento dos privados.
E tem forçosamente que haver uma mudança de mentalidades e uma melhor interrelação profissional. Por exemplo, como tinha de "tomar" uma injecçaõ hoje de manhã fui ao posto de enfermagem aonde fui no outro dia e dei com a porta fechada, pois só abre das 08.30 ás 10.30 das manhâs de sábado. O resto do fim de semana não conta e nem é necessário um posto de enfermagem. E não há um número de emerg~encia, nem qualquer outra indicação. E é um posto privado...
Dirigi-me então ao centro de saúde aonde funciona um atendimento permanente e fui recebido por duas enfermeiras, que em vez de criarem um bom ambiente e de simpatia, pareciam que me estavam a fazer um enorme favor e que se eu estava necessitado duma injecção, o problema era meu. Ou seja, a prestação dum acto clínico que devia ser feito duma forma cordata e agradável, transforma-se no acto agressivo e quase hostil, nas mãos destas senhoras funcionárias públicas. É lamentável que assim seja.
Mas estamos em Portugal de 2009 e é assim que as coisas funcionam no nosso país. Acreditem que no verão passado fui muitissimo melhor atendido num posto duma terriola perdida em espanha por duas funcionárias que nem me deviam ter atendido por falta de documentos necessários. Mas não só me atenderam duma forma cordata e simpático, como me esclareceram como deveria fazer de futuro. Se fosse em Portugal, estou certo que nem sequer seria visto e teria que recorrer a privados
É triste falar assim do nosso País, mas não me parece que esteja a criar cenas e estórias, mas apenas a contar aquilo que efectiamente acontece e que é a realidade deste triste país. Felizmente que já há alterações e coisas a funcionar muito bem, mas tem que haver uma grande revolução de mentalidades. E sobretudo não se pode estar convencido que se tem direito a tudo e nenhumas obrigações. O mal desta terra é precisamente esse.
Mas enfim, é fim de semana e temos as nossas obrigações sociais a cumprir e assim vamos fazer. Grande SORRISO para todos e sobretudo muiro AMOR e PAz

1 comentário:

Anónimo disse...

Não, não e não!!!!!!

Decididamente, hoje, não gostei do que li e, consequentemente, não poderia estar mais em desacordo.

Não estamos na China, nem queremos estar, nem sequer nos imaginamos com uma política semelhante.

Devemos progredir, produzir, empenharmo-nos cada vez mais no desenvolvimento do país.
Baixar salários?!!!!!!
Gostava que o mesmo acontecesse aos seus filhos nas profissões abraçadas com gosto e sacrifício?

Aceitava que lhe reduzissem e estabelecessem preços precários a praticar pelos seus actos médicos?

Como poderia continuar a fazer aquilo que tão grandiosa e faustosamente apregoa?

Ou por mero acaso, considera que só alguns têm direito a usufruir e os outros lambem os dedos?

Onde considera que isso nos levaria?

Por que razão suspira para que os seus entes queridos saiam do país?

Não será certamente para os ver a trabalhar noite e dia nas suas tarefas e serem compensados de forma insatisfatória e precária!

As boas práticas, devem ser pagas em consonância.
Se todos nós trabalharmos bem e formos bem remunerados, pode estar certo, que o PAÍS (aqui com maiúscula), avança e consegue entrar na economia concorrencial.

Isto, subentende que todos trabalham.

Desde o braçal que desenvolve, ao administrador que distribui e tenta exportar o fruto desse investimento.

Fazer o país pertença só de alguns, é o erro tremendo a que estamos a assistir de forma leviana.

A mim, não me pesa a consciência.
Não é por minha vontade que estes desgovernantes estão ao leme.

Preconizo um PAÍS prospero e com substância, o que quer dizer que todos temos de trabalhar.

Temos de ter esse direito!

O que está errado nesta hipotética coisa a que chamam de "democracia" do venha a nós o que é dos outros, é o facto de continuarmos a assistir a uma onda, e bem grande, de imcompetentes e corruptos a aproveitarem a confusão para progredirem isoladamente.

Democracia, é algo bem diferente e possívelmente utópico.

Agora, sim, tenho saudades dos bons velhos tempos.
Quem queria trabalhar e sacrificar-se, vencia e vivia decentemente.

Sempre houve e haverá, ricos e pobres.

Cabe-nos a nós, um pouco mais afortunados, fazer com que os pobres não o sejam de forma indigna.

Se quisermos ser mais terrestres,o que considero improvável, temos que considerar igualdade de
partilha.

Tudo o que sei e sou, foi apreendido de forma digna e árdua num ambiente de trabalho e respeito pelo próximo.
Aprendi o que deve ser a justiça e a forma como e quando deve ser aplicada.
Daí a minha profissão.

Julgava perceber as suas angústias e medos.
Enganei-me!
Acredite que não é vulgar, mesmo não conhecendo, na essência, o personagem.

Que desapontamento!
Que desencantamento!
Alguém da minha geração, com princípios e formação, a sentir assim???!!!

Consigo, agora, vislumbrar o por quê da natureza conflituosa do seu quotidiano.

Mas, somos livres de sentir e pensar.

Lei-a ou relei-a algumas das dicas, que aqui deixei há uns tempos atrás, e equacione a possibilidade de estar equivocado.

Não obstante, tenho fé na velha máxima "quem torto nasce....."

Como se diria há umas décadas distantes,

A bem da Nação

A Cinderela