Regresso

Há muito tempo que aqui não escrevo por motivos diversos, sobretudo por não vontade, necessidade ou animo para o fazer.

Têm sido dias muito atribulados e diversos. Primeiro Natal fora do ambiente familiar, que não foi fácil mas estivemos muitíssimo bem em Strasbourg, apesar do frio e do cinzentismo. Detesto cidades em que, consecutivamente não vemos o sol e apenas temos o cinzento, o nevoeiro e o frio intenso. Mas é uma cidade cheia de espírito natalício e, felizmente, que apanhámos depois em Madrid dias cheios de sol e dum céu azul.

E, neste princípio do ano, a vida deu várias e diversas voltas. Desde mudança de consultório por motivos vários e sobretudo por falta de pagamento, mudança de casa que se vai realizar breve, bem como uma espécie de despertar desta letargia em que me encontrava e em que me puseram.

Foram dias, semanas e meses de apatia, de baixa auto estima, perda de confiança profissional com muita angústia e ansiedade. Na verdade não compreendo como me deixo ficar em situações desta natureza, de ser enrolado e gozado como tenho certamente sido ao longo deste tempo.

Há pessoas intrinsecamente mal formadas, com a mania de que são as melhores e que só sabem viver maldizendo e criticando todos aqueles que lhe estão abaixo; quando devia haver uma união e uma cimentarão entre colegas da mesma profissão e uma interajuda, apenas há ganância, intolerancia, má fé e muito má vontade. E ainda por cima acolitado por pessoas igualmente desprezíveis na sua maldade e ganância.

Mas a minha vida tem sido sempre assim; mudanças bruscas, repentinas e depois de grandes tempestades, a bonança, as coisas boas, tendo constatado uma vez mais ter muita gente do meu lado, que me apoia, dá força e me ajuda. Felizmente que sempre foi assim e espero 

Ou seja, uma vez mais uma revolução na vida que, apesar dos sessenta, continua a ser bem aproveitada e bem vivida, duma forma intensa e com um grande SORRISO de FELICIDADE que, contra tudo e contra todos, se mantém e continua.