sexta-feira, fevereiro 07, 2020

Memórias

Sexta-feira.... ontem faleceu mais uma pessoa que foi demasiadamente importante para mim durante muito tempo, quer para o bem quer para o mal.
Foi uma relação de muitos e muitos anos, com muitos altos e baixos, muitos problemas, adversidades , complicações mas também muita coisa boa, memórias e recordações.
Desde viagens, e tenho bem presente uma a New York há mais de 40 anos, a férias em Sto André, quase considerada a cá de família onde tanto se passou e de que guardo tantas e tantas memórias. 
Foi uma vida atribulada que deixou marcas em muita gente e que, pessoalmente, me marcou bastante e nem sempre duma forma positiva. Houve demasiados atritos e sobretudo, neste momento, sinto ter sido usado para alcançar determinados fins que não seriam os melhores.
Mas nada disso pode apagar a Amizade e o Carinho existente, a abertura de espírito e de horizontes que permitiu, à vontade de que eu fosse mais além e o mais longe possível. Infelizmente, muitas vezes com segundas intenções e tendo sempre em primeiro lugar a filha. Que, neste momento, se encontra cada vez mais sozinha por ir perdendo os seus laços afectivos e afastando-se da família paterna. 
É a vida..... essa geração está a chegar ao fim, restando apenas os meus tios maternos com noventas e muitos que também estarão a acabar a sua caminhada na vida. Com eles fecha-se um ciclo e entramos noutra fase em que também muitos de nós estão nos sessenta, setenta. O cimento que era proporcionado pelos que já foram vai-se gastando e, agora, estamos todos mais afastados, menos juntos e assim sendo a família vai-se distanciando, tendo que se criar ocasiões para nos juntarmos e termos.
Neste ano de 2020 vai haver muitas mudanças, algumas bem profundas e estruturais no sentido de melhorar a vida e a tornar mais fácil. Devo dizer que tenho e devo ponderar tudo muito bem visto que, nesta fase da minha vida, há aspectos que devo e tenho de acautelar bem como proteger-me o melhor possível. 
Gostava que me fosse possível fazer um período experimental para saber se me adapto a outra realidade e é mesmo isso que devo e tenho de fazer, fazendo todos os possíveis para que tenho a ideia certa do que me/nos espera.
Sinto uma certa nostalgia do passado com esta morte, mas também é verdade que o contacto tinha sido, uma vez mais, perdido e que o que fica, são mesmo as memórias de muita coisa e o muito que aprendi, mas também o muito que fiz de errado.

A vida continua, o nosso SORRISO também e temos de ser FELIZES como pudermos e como o devemos ser. Assim seja

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