Jantar

Ontem tivemos a família Reis a jantar cá em casa, tendo sido um momento bem passado e bastante agradável. Formam um núcleo familiar que me parece consistente, unido e sobretudo com uma forma de estar na vida saudável, sem pretenderem mais do que podem e aparentemente satisfeitos com o que têm.

A minha irmã teve uma infância e uma adolescência excessivamente cheia de tudo o que era possível na altura, sempre com todas as vontades e desejos satisfeitos e com o muito que o dinheiro podia comprar, mesmo com evidentes excessos da parte dos Pais e especialmente da Mãe. Muitas vezes, eu ficava deslumbrado pelas coisas que via e devo dizer, com alguma inveja de não poder também ter muito dessas coisas.

É evidente que tive acesso a bastantes coisas pelo convívio intenso e estreito que tinha na altura com eles, mas também é evidente que sempre houve uma distensão entre nós e muitas vezes, penso agora, eu serviria de álibi para certas benesses da minha irmã, que acabavam também por me beneficiar.

Com todos os problemas existentes e todo o desenvolvimento familiar, assente em algumas premissas erradas e doentias, acho que ela tem um enorme equilíbrio e bom senso, bem como uma maneira de estar pessoal, familiar e geral bastante agradável; há uma personalidade com alguns conflitos interiores, devidamente sublimados e uma satisfação pelo presente e pela círculo familiar criado.

É notório o contraste entre tudo aquilo que teve e que vivenciou e o ambiente em que actualmente se move, com diferenças claras e evidentes. Mas o que ressalta é a aceitação desse facto e principalmente a integração plena nesse mesmo quotidiano, com todas as dificuldades que possam existir e que vão sendo ultrapassadas.

Também sinto que se sente realizada profissionalmente, o que é bastante importante para todos, na medida em que se sente útil e aproveitada como pessoa e como profissional, com uma entrega grande e total para com os outros, que dela precisam.

Os meus sobrinhos, cada um com a sua personalidade, estão perfeitamente integrados e parecem-me adolescentes perfeitamente integrados e satisfeitos com o mundo e a família, o que nem sempre acontece nos tempos que vão correndo. Por isso, espero e desejo que que este ambiente se mantenha e se prolongue no tempo... esta minha irmã, bem como os meus outros irmãos "portugueses" são, neste momento, imensamente importantes para mim e para o meu equilíbrio, visto que fazem parte integrante da minha vida. Além de que posso contar sempre com eles, sentindo-me perfeitamente integrado como família.

Esse facto é extremamente importante e dignificante, na medida em que tenho a plena consciência do que é ter uma família, fazer parte dela e ainda saber que podem igualmente contar comigo e apoiarmo-nos mutuamente.

Recebi por email e da minha Fernandinha, estas janelas da vida, (Janelas_da_vida_-lindissimo.pps (application/vnd.ms-powerpoint) 1.448,00K), que vale a pena ver porque corresponde em muito ao que, neste momento, sinto e penso acerca da vida, dos sonhos e das nossas realizações pessoais. Queria que todos seguissem estes conselhos tão simples, mas tão acertados que poderiam, se seguidos, facilitar a vida a todos nós, quer a nível pessoal, mas sobretudo a nível colectivo.

É curioso como é que a minha Fernandinha que, quando eu informatizei o consultório, ficou momentaneamente assustada e com intenção de se ir embora, conseguiu em muito pouco tempo, tornar-se dependente da informática e dizer que nem sabia como era possível viver ou trabalhar sem essa ajuda. E foi autodidacta, como o foi em tantas mais coisas... digo sempre a muitos dos meus pacientes que lhe devo imenso, não só pela sua inestimável ajuda na minha carreira profissional, como também e principalmente pela grande Amizade que sempre tivemos e mantemos.

Hoje, domingo, é dia de descanso e de, eventualmente, estarmos com os nossos amigos para tomar um café ou algo assim, mas sem nada assente ou devidamente combinado. Quanto ao resto, é acabar as leituras de fim de semana, fazer uma sesta e ver os habituais programas dominicais de televisão e tentar que a má disposição se dissipe rapidamente e que volte o bom tempo e a bonança. Seria bastante bom que assim fosse...

Fica o meu habitual SORRISO na esperança de que a semana corra da melhor maneira possível e que consigamos ter maior rentabilidade nesta última quinzena do mês; temos que acreditar e termos suficiente energia positiva para nos mantermos naquele registo em que queremos estar sempre.