sábado, novembro 03, 2012

Aniversário

Hoje, sábado, temos o aniversário da B, que cumpre o seu primeiro aniversário e faz a sua festa em casa dos avós maternos. Antes disso, quero ver se passo pela exposição de pintura duma pessoa que não vejo há muitos anos e que gostava de rever e de estar um pouco. Vamos a ver se é possível...
Estou de novo com a orofaringe apanhada, com alergia ou algo assim e com bastantes zumbidos como é habitual. Não estou famoso, mas vamos seguir o programa e tentar não piorar desta irritação permanente da garganta... além de que me doí também a cabeça.
Dia cinzento e de chuva, com previsão de mau tempo e muita vontade de ficar por casa a reflectir na vida e a meditar nas realidades dessa mesma vida e no nosso dia a dia.
Nos muitos grupos de discussão do facebook, vou descobrindo muita gente que se lembra de mim dos meus tempos de professor e de activista em congressos e afins; deixei muitas lembranças em muita gente e sentimentos contraditórios, na medida em que há pessoas que nem podem ouvir falar em mim, assim como há outros que me admiram e têm uma enorme consideração e respeito. É como tudo na vida, mas o que acho mesmo importante é ter conseguido transmitir a algumas pessoas os meus princípios e ser uma referencia para eles. Isso é extremamente importante e significativo.
Quer dizer que, passei por este mundo e deixei uma marca e pessoas que se recordam de mim, se lembram do que fui e do que lhes transmiti, para além da minha família e circulo de amigos. Como escrevi no início do meu blogue, uma das minhas intenções de vida é e sempre foi, tentar alterar alguma coisa, um ínfimo grão de areia que seja e com as minhas acções e actos, deixar algo aos que me conhecem e conheceram. Daí gostar de ser (ainda) reconhecido e me escreverem com alguma gratidão.
Nas minhas leituras de sábado, com o imprescindível Expresso, que em Janeiro comemora os seus 40 anos e que continua a ser um jornal de referência e a companhia fiel de sábados! Não passo sem a sua leitura em papel e hoje não é excepção-
Infelizmente, as notícias vão sendo cada vez piores e mais negras, porque neste politiquice caseira, continuamos sem estadistas e pessoas desinteressadas que mantenham um rumo e façam o que devem fazer, sem ligar a partidos ou interesses. Continuam enredados em intrigas palacianas e em faits divers que não interessam a ninguém, enquanto todos nós caminhamos para o empobrecimento individual e colectivo, para a não realização dos nossos objectivos e para a (quase) insolvência geral de todos e de cada um. É impossível ou insustentável a continuação deste caminho e temos mesmo que procurar alternativas e rumos diferentes se queremos mesmo ser um País, onde seja possível viver digna e confortavelmente.
Neste momento, não existe qualquer desígnio nacional, nem qualquer esperança no futuro para muitos de nós e principalmente para os mais novos, que estão a emigrar cada vez mais, na medida em que apenas por esse mundo fora conseguem encontrar trabalho e a sua realização pessoal e profissional.
Na minha idade e altura de vida, já não tenho muitas ilusões, já vivi alguma coisa e já realizei muitas outras, pelo que neste momento, apenas pretendo manter o que tenho e dentro das minhas possibilidades ainda ajudar os meus filhos e quem precise de mim, para poder daqui a uns anitos, reformar-me com alguma coisa e uma boa qualidade de vida. Duvido bastante de ainda ter alguma reforma de jeito, mas também a verdade é que daqui a dez anos, espero precisar de bastante menos, porque espero nessa altura ter tudo devidamente saldado e resolvido. Sempre consegui fazer face às minhas despesas e espero que assim continue a ser no futuro. Para já, continua tudo a correr conforme o previsto e o desejável, apesar de ser cada vez mais difícil este dia a dia.
Vão ser anos muitíssimo difíceis, complicados e duma enorme dureza, contestação social e falta de coesão social, agravada pela grande incompetência dos nossos políticos ou que se intitulam como tal. Não se vê ninguém com estatura moral, politica e social para nos tirar deste buraco, porque em Portugal não temos um Sr Monti, respeitado e prestigiado como acontece em Itália, onde parece estar a fazer um bom trabalho.
Por cá, temos um Presidente da República, desaparecido e sem nada fazer, sem ser escrever no facebook e passear-se, sem qualquer intervenção digna desse nome e da sua qualidade de alto magistrado da nação. É pior do que a rainha de Inglaterra que ao menos dá algum glamour ao País e tem uma enorme dignidade....
Um primeiro ministro, que ora diz e logo desdiz o que disse e que anda sem qualquer rumo, bem como o seu parceiro de coligação que quer aparecer sem visibilidade e sem se comprometer. É bem elucidativa da personalidade de PP, a entrevista que Manuel Monteiro deu na semana passada e em que referia o comportamento de PP.
Um governo com ministros que, exceptuando o da saúde, pouco aparecem, pouco parecem fazer e que, cada dia que passa, estão mais anémicos e sem forças. O Paulo Macedo é na verdade um grande gestor e que, pouco a pouco, tem vindo a fazer um trabalho brilhante na saúde, como acho que fez nos impostos.
No resto, são os interesses corporativos de todos contra todos e sempre em desfavor do País, visto que o importante é a defesa de cada classe, dos seus previlégios e dos famosos direitos adquiridos. Gostava de saber como é que todos eles gerem a sua própria casa e se gastam permanentemente mais do que aquilo que ganham e possuem. E se assim é, como é que conseguem manter-se à tona da água, sem se afogarem... a gestão do País deve ser ( e nisto Salazar tinha razão, não o defendendo nem o querendo de volta ) como a gestão da nossa casa e família, de acordo com os recursos que temos e que ganhamos e sempre que possível com alguma poupança, para os tempos mais difíceis.
Gastámos acima das nossas posses e agora é evidente que temos que pagar e fazer como deve ser; rapidamente e já, porque amanhã será já muito tarde e impossível de inverter a tendência em que estamos e vamos.
Tentemos de qualquer modo, ter e manter o nosso SORRISO, com a ilusão de que tudo está bem e que vamos conseguir uma vez mais manter este país e seguir em frente na nossa vida colectiva e individual. Assim seja!
 
 

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