sexta-feira, maio 18, 2018

Velhice

Ontem trabalhei apenas de manhã, fui almoçar com a minha ex assistentes e depois passei o resto do dia no hospital com a minha Mãe, que aparentava ter um AVC.
 Felizmente que não foi mas também ainda não se sabe o que provocou toda aquela confusão mental, aquele balbuciar intenso, a enorme agitação. Fez uma série de análises, TACs, etc e nada foi conclusivo, tendo ficado nos cuidados intensivos da urgência durante a noite. 
A minha irmã N. ficou lá a maior parte do tempo e eu fui a casa e fazer umas compras que precisava; à noite apareceram as netas que mais a têm acompanhado bem como os meus filhos. Não sei muito bem o que lá foram fazer mas a verdade é que os gostei de ver apesar de tudo. 
Aproveitei para esclarecer muita coisa com as minhas sobrinhas, tendo ouvido a opinião e o apoio delas que foi muito positivo para mim. O M. Também lá foi ter para me acompanhar.
O meu colega, que estava a acompanhar a minha Mãe, disse algo curioso. Que, neste momento, a medicina estava a enfrentar algo Desconhecido ao referir-se ao comportamento das pessoas destas idades, ou seja, que Ainda se desconhecia muita coisa acerca das patologias e das maleitas que ocorrem nesta faixa etária porque, como sabemos, cada vez há mais pessoas que ultrapassam os 80/90 anos com as suas próprias patologias. 
Nunca tinha pensado nisso mas é verdade o que ele disse. Alcançaram-se patamares impensáveis, a longevidade aumentou brutalmente e a Medicina tem evoluído imensos mas há ainda muitos campos que permanecem numa certa escuridão e cinzentismo.
Talvez há meio século eu já fosse  considerado um velhinho, visto a média de vida era bastante mais baixa, mas hoje penso estar numa meia idade, não novo nem Velho mas Ainda cheio de energia e de capacidades tanto mais que ainda tenho projectos, Ainda sigo com a minha vida e com tudo aquilo a que tenho direito.
Por isso, temos de trabalhar até mais tarde, mais tempo para podermos ter uma reforma e para que a segurança social seja mais ou menos sustentável; com a diminuição da natalidade, o aumento dos idosos bem como a substituição de muitos trabalhos, dantes realizados pelo homem, por máquinas é, ou deve ser, uma quadratura do círculo difícil de fazer, tendo de ser tudo muito bem equacionado.
Fim de semana à porta, amanhã com um jantar em casa   com alguns amigos, e um piquenique no domingo se entretanto não chover como dizem as previsões. Logo vemos como fica o tempo.
E este mesmo tempo vai correndo sempre na mesma direcção, sem nunca recuar ou duvidar do seu caminho, nem tão pouco interromper a sua progressão seja por que motivo for porque o tempo é mesmo assim, inexorável e ignorante dos males ou dos progressos de cada um ou de todos.
O que é preciso é manter o nosso SORRISO nesta nossa caminhada da vida, com a maior FELICIDADE possível e a certeza de que a vida está em nós, sendo cada um de nós o responsável pela caminhada individual bem como pela progressão colectiva com o contributo de cada qual.


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