sábado, maio 26, 2012

Sto André

Uma viagem curta e a meio da tarde, chegámos a Sto André, que estava pacifico, calmo e, como sempre, as muitas memórias e emoções aqui vividas, foram recordadas e equacionadas. Não vínhamos aqui há muito tempo, porque precisamente precisei dum distanciamento físico e emocional desse lugar tao importante na minha vida. Tenho a sorte de conseguir estar a criar raízes em Sesimbra que tem vindo a substituir esta casa onde me encontro mas a verdade é que tenho muitas e boas recordações desta casa e quinta. Estou em período de reflexão e de ponderação acerca do Pedro, que tem que tomar uma decisão importantíssima neste momento e resolver o que quer fazer da vida neste momento. Ele tem que decidir e resolver, competindo-me apoiar a decisão e dar-lhe, uma vez mais, as ferramentas necessárias para ele seguir o seu caminho. Espero que ele tome a decisão certa e sobretudo que saiba viver com a decisão que tomar que, quanto a mim, só poderá ser uma. Acho que é aquela que ele pondera mais! Estou sentado à beira da piscina, com um sol brilhante e quente, mas também fim um ventinho que perturba esta manhã, mas sabe muito bem poder estar aqui, ao ar livre, neste ambiente de recordações longe do quotidiano habitual e dos lugares que frequentamos. Ontem estivemos a ver um filme "O Cisne Negro" que retrata a vida e a realidade terrível do meio artística e a busca do sucesso e do reconhecimento! A concorrência, os golpes baixos, a ganância são, infelizmente, uma realidade destes tempos e em determinados meios isso não só é evidente como fomentado por quem pode, na medida em que, na concorrência e deslealdade se consegue dividir, parâmetros reinar e obter vantagens. O filme é brutal nesse retrato e nessa evidencia e infelizmente sabemos que assim é! Em ponto mais pequeno, senti isso na pele, quando estava a dar aulas na faculdade e o nosso departamento era dos mais activos, estávamos a doutorar-nos, publicávamos, ganhamos prémiosres em congressos internacionais e tudo fizeram até conseguir correr connosco, porque a comparação era francamente negativa para os outros departamentos que nada faziam. É lamentável, mas é a realidade que temos, em que muitas vezes a mediocridade vence o valor e a competência precisamente pela inveja e mesquinhez de muita gente, cujo único valor é prejudicar o próximo para sobressair e crescer, mesmo sem valor e sem qualquer mais valia. Tenho muita pena de não ter acabado o doutoramento e ter uma carreira académica mas é a vida... se fosse hoje teria procedido doutra forma e talvez tudo tivesse corrido doutra maneira, mas os interesses na altura tambem eram contraditórios e não tinha a maturidade suficiente para me aperceber de determinados factos e personalidades e daí também ter sido conivente com muita coisa, de que hoje me arrependo. Vou aproveitar o tempo, o sol e este ar livre e com um enorme SORRISO recarregar as minhas energias e forças para os tempos que se avizinham. Também transmitir aos meus filhos a minha FÉna concretização dos seus sonhos e que estes se transformem rapidamente na sua realidade!

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